terça-feira, 28 de agosto de 2012

Nove meses de Suzanna

Nove meses de Suzanna... nove meses de felicidade. 
Quando minha filha nasceu, trouxe consigo a percepção da minha capacidade de amar, compreender,  perdoar, sentir, fazer, ser... Tornei-me alguém além de mim, evolui, cresci, me transformei. Nunca mais voltarei a ser quem eu era antes de ver duas listrinhas rosadas num exame de farmácia. Minha filha se formou e cresceu dentro de mim, me dividiu em duas e tomou para si uma metade. Somos agora parte de um todo. Indivisível. Inegável. Me tornei incompleta, me perdi e me encontrei... e continuo a me encontrar todos os dias em seus olhos voltados para mim, em seus braços que me chamam, em seu sorriso cálido e espontaneo que me ilumina e aquece o dia. Amo-a mais que a qualquer outra coisa na face da terra, com todas as pequenas partículas do meu ser que vibram de felicidade ao toque de suas maozinhas pequenas e gorduchas, mais do que amei a minha própria vida, mais do que amarei um dia. Isso é uma certeza fincada em mim como uma rocha. 
Com minha filha eu aprendi em dias, semanas e meses o que, em anos e anos, não consegui nem mesmo perceber. Aprendi a ver além da vontade, do aqui e agora. Aprendi a sonhar para os outros, a compreender a necessidade que se esconde por trás de fachadas, aprendi a solidariedade, o entendimento, a empatia, a paciência. Finalmente, compreendi minha mãe. 
Finalmente, a vida fez todo sentido.

Um comentário:

  1. Agora eu entendo com mais clareza esse sentimento todo!
    =)
    Coisa mais maravilhosa é ser mãe!

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